Mao Tsé-tung e a Revolução Cultural

UM POUCO SOBRE MAO TSÉ-TUNG

Sandra Kuester

O líder do Partido Comunista Chinês (PPCh) Mao Tsé-tung nasceu em uma família camponesa em 1893. Enquanto estudante demonstrava interesse em ideais republicanos. Foi líder estudantil e dirigiu a Sociedade de Estudos no Novo Povo que combatia vícios como o uso de drogas, jogos, também a prostituição e a discriminação da mulher.

Mais tarde, integrou a Geração do 4 de Maio (um grupo de intelectuais que lutava contra a dominação estrangeira e emancipação política do povo chinês). Como líder do Partido Comunista Chinês, Mao adaptou o marxismo à realidade chinesa, onde em suas ideias, não seria o operariado, mas o campesinato a força da revolução socialista chinesa.

Revolução Cultural

Devido aos desastre de sua Política do Grande Salto, a oposição lançou um movimento conhecido como “Os Cinco anti”: anticorrupção, antimentira, antinepotismo, antiburocratismo e antidesligamento das massas. Os estudantes, por sua vez, uniram-se a oposição para combater os “quatro velhos”: velhos hábitos, velha cultura, velhas ideias, velhos costumes.

Com um grande nível de insatisfação, Mao lançou em 1966 a Revolução Cultural. Este era um movimento favorável ao igualitarismo (visam estabelecer a igualdade absoluta em matéria política, social, cívica; teoria que sustenta a igualdade absoluta dos homens) e a busca de um caminho para o comunismo chinês. Também procurava-se reprimir tudo aquilo que era Ocidental como o rock, a pintura abstrata, o jazz.

Incentivados por Mao, a população viu os membros da elite como inimigos do povo chinês e os estudantes deixaram as universidades para viver no campo e aprender com as massas. Criaram-se organizações populares como a Guarda Vermelha que espalhavam pelo país os ideais do igualitarismo social. O Livro Vermelho foi uma obra contendo os pensamentos de Mao e milhões de exemplares foram impressos para a população.

Esta luta ideológica veio acompanhada de fortes repressões e castigos públicos. Muitas pessoas foram levadas aos campos para serem “reeducadas”. Com essa tática, Mao perdeu o controle do processo revolucionário e resolveu desarmar a Guarda Vermelha, os estudantes retornaram às universidades, e a disciplina foi reestabelecidas nas fábricas.

Fonte: BOULOS, Alfredo. História Sociedade & Cidadania, 3º ano. 2. ed. São Paulo: FDT, 2016

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